B-LS apresenta: Exposição fotográfica “Retratos do Confinamento: uma leitura dos pensamentos, emoções e desejos da quarentena”

A Biblioteca Campus Lagoa do Sino recebe, a partir desta segunda-feira (05/09), a Exposição fotográfica "Retratos do Confinamento: uma leitura dos pensamentos, emoções e desejos da quarentena". A mostra pode ser conferida na própria Biblioteca de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h30, até o dia 23 de setembro.

Como fruto de uma construção coletiva entre membros da comunidade UFSCar e colaboradores externos, brasileiros e internacionais, o projeto recebeu ao longo de 2020 e 2021 contribuições em sua conta do Instagram - @photosofconfinement. A exposição possui enfoque nos quotidianos da quarentena iniciada em 2020, devido à pandemia do COVID-19, com imagens que discutem uma narrativa a respeito dos pensamentos, emoções e desejos presentes no quotidiano do período de quarentena.

A Exposição fotográfica conta com 10 imagens selecionadas de autores de diversas regiões do Brasil, incluindo imagens de fotógrafos internacionais, com destaque para a fotógrafa israelense Anat Parnass, radicada no Japão, e o fotógrafo israelense Eyal Warshavsky, radicado em Israel.

As imagens, portanto de múltiplos autores, contrastam aspectos do cotidiano de pessoas que vivem, tanto em zonas urbanas e rurais, sugerindo uma narrativa ao longo do ensaio fotográfico a respeito da diversidade humana, do emaranhamento do pensar, do sentir e do querer provocado pelo confinamento. 

A exposição teve apoio da Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) e da Biblioteca do Campus de Sorocaba (B-So). A realização é de responsabilidade do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), a partir de uma iniciativa de alunos do Master in Bussiness Innovation (MBI) UFSCar, e inspirada nos estudos do espaço biográfico do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Narrativas, Formação e Trabalho Docente (NEPEN).

Segundo Zare Ferragi:

"A presente exposição fotográfica parte de um contemporâneo e recente trampolim histórico - os iniciais meses da pandemia de 2020, a pouco mais de 2 anos da presente data. Como qualquer prancha comprida que se projeta sobre a margem das piscinas da vida, este trampolim é carregado de simbologia. Nosso desejo é de projetarmos os corpos, poemas e imagens para o alto, nos distanciarmos um pouco deste ponto de partida e, por fim, mergulharmos na profundidade de uma piscina de inúmeros olhares fotográficos.

As imagens e textos aqui apresentados contam suas próprias histórias. E assim compõem possibilidades discursivas, uma realidade que aqui torna-se ao mesmo tempo coletiva e recortada, atravessada por múltiplas perspectivas a respeito do confinamento.

Infinitas seriam as maneiras de sugerir narrativas para uma exposição sobre os pensamentos, emoções e desejos de uma quarentena provocada pelo vírus. Invisível aos olhos, seus efeitos tornam-se perceptíveis pelos retalhos e fragmentos, numa tentativa de falar desses traços que não se deixam decifrar. Inicialmente o resultado da mobilização de alunos e professores de uma universidade pública, o projeto expandiu-se organicamente para fora, atingindo e chamando pessoas de diversas regiões do Brasil e do mundo. São imagens rurais e urbanas, do interior de São Paulo a terras indígenas do norte do Brasil, passando por lugares longínquos como Índia, Trinidad e Tobago, Israel, Peru, Espanha, Nova Zelândia e Japão, para citar alguns países.

Como uma carta aberta, os artistas-testemunhas aqui reunidos convidam o público a se conectar com as pulsões de vida e de morte dessa quarentena. Um convite expresso por suas imagens e textos não institucionais, como expressão de pensamentos e desejos existenciais. Emoções que guardam uma memória a respeito da finitude - e da continuidade - do viver, passando por temas como arte, saúde mental, resiliência e solidariedade, com licença poética.

Esperamos que o público - assim como a equipe curatorial e de pesquisa - reflita e aprenda especialmente sobre si próprio. Em seu conjunto, cada um de nós representa uma obra de arte. Somos uma pluralidade de vozes,  contraditórias, muitas vezes incongruentes, porém elásticas".

São Paulo, junho de 2022. 

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